sábado, 26 de dezembro de 2015

Pov. Lagoa de Pedra



                                          PÃO DE AÇÚCAR-AL
                                         (Pov. Lagoa de Pedra)
           
    

Por: Marcelo Maciel- Pesquisador
Fotos: Prof. Damião Nogueira
                         O povoado Lagoa de Pedra por volta de 1850 era uma fazenda de José da Rocha Lira. A localidade de Lagoa de Pedra, distante 13km de Pão de Açúcar, tem lá também suas peculiaridades em comum. O topônimo do lugar surgiu a partir de um remoto lago circundado de pedras, dito tanque velho que durante séculos matou a sede do povo local. O tanque velho encontra-se hoje abandonado carecendo da responsabilidade pública e, sobretudo dos moradores da localidade. É um verdadeiro patrimônio natural a céu aberto, lindo de ser visto por qualquer ser humano que admire a natureza e o sobrenatural. Talvez cause ainda mais espanto que o sobrado que hospedou o imperador Dom Pedro II em outubro de 1859 em Pão de Açúcar, pelo menos são encantos naturais que tem milhões de anos debaixo do sol. Outra peculiaridade está sobre uma das tantas pedras ao redor do tanque, é uma pegada humana do tamanho do pé de uma criança com cerca de dez anos, dizem os mais supersticiosos que é a pegada do menino Jesus, o que também chega a prender a atenção do visitante são outras pegadas pequenas parecendo ser de um carneirinho. Numa das escavações para se fazer limpeza do tanque velho, foram desenterrados gigantescos ossos fósseis de animais do tipo mastodonte com mais de 5000 mil anos de existência, descobertos pelo Dr.Vieira de Carvalho na época Juiz de correição da imensa  comarca de Penedo, portanto, no tempo do império do Brasil que abrangia de Penedo a confluência do riacho moxotó com o Rio São Francisco, duas léguas acima de Paulo Afonso.Lagoa de Pedra – O povoado surgiu graças a natureza que construiu seu primeiro reservatório de água que a principio serviu a própria natureza e aos seus animais e aves dos mais exóticos e diversificados, ainda num tempo de uma natureza esplêndida  bela e intocada. Desse lago um pouco profundo, também se serviram os índios tapuias, ditos índios do interior, selvagens como a própria natureza da época. Aos arredores do tanque lago ainda são encontrados fragmentos de ossos fósseis...Um dia isso vai ser tão valorizado como lá na Europa! Que sabe valorizar o seu patrimônio, a sua cultura: Como, ninguém no Brasil!!!não faz tanto tempo a comunidade vivenciou um rosário de crimes envolvendo famílias locais. O traçado principal do lugar representa uma cruz. Um trecho da AL-130 que vai até a cidade de Palestina corta o povoado ao meio. O lugar conta com uma capela sob o orago de nossa senhora das dores. Desponta como sendo as principais famílias da localidade:
ROCHA LIRA,LISBOA,ALCÂNTARA,NUNES,RODRIGUES,PINTO DE SOUSA,ALVES FARIAS,SIMÕES DE OLIVEIRA E BARROS.



















quarta-feira, 4 de novembro de 2015

PALESTINA – AL

                                           

                                                          (CRONICA HISTÓRICA)

 Por: Marcelo Maciel – Pesquisador

No principio da formação de Retiro – Hoje Palestina, Vivia-se miseravelmente á base de pobreza, fome e analfabetismo, sem nenhuma assistência de qualquer governo. As cacimbas do Farias, do Pau ferro e do mari (distante mais de uma légua) forneciam sofrivelmente um pouco d’água. Era tanta gente a depender da pouca água escassa, que logo acabava. O tanque de Manoel Januário de Carvalho (1842-1922) Tinha um minador e dentro do mesmo um monte de Sapos defecando e urinando na água que minava lentamente. Fazia-se um fila de pessoas com potes para apanhar água com um caco de côco ou talvez apanhava-se a urina dos sapos.             O senhor Herondino Rodrigues de Carvalho (1903-1984) rabequeiro habilidoso e afamado, usava barba grande e vestia roupas grossas feitas de sacos de açúcar, muitas vezes saía pitando seu cachimbo em busca de água na cacimba do Farias na passagem de Poço da volta para Poço grande.  Numa das ocasiões a cacimba de Poço da volta tinha pouca água e muita gente ao seu redor esperando horas para encher um pote, impaciente o senhor Herondino resolve não mais esperar e vai para a lagoa de Santiago, buscar seu pote d’água, a mais de três léguas de Palestina tropeçante de fome, Herondino se aproxima de casa; e, no terreiro de casa dá uma topada e o pote se quebra cheio de água boa do rio, que desgraça! Nesse dia então, foi um clamor, sem água e sem pote na casa de  sua madrasta dona Emília de Carvalho (1892-1971)  com seu vestido de chita todo cheio de remendo a ponto de não se reconhecer mais o tecido original. Nos tempos ruins comia-se frutos de mandacaru, juá,Umbu, Ouricuri, era um luxo. Quando plantava-se um roçado de milho e feijão cavado a bico de olho de enxada, A semente grelava no resto de umidade da terra, que logo secava, por conta da seca que se aproximava; o pouco que fora plantado foi perdido, sem o que se comer escavava-se a terra cova por cova em busca dos grelos secos que eram peneirados e comidos, até as cascas secas dos grãos. Mexia-se até as fezes das pessoas em busca de caroços de milho, quando encontrados eram lavados e pilados no pilão, para se fazer algum punhado de fubá – o milho muitas vezes era podre, carunchado. Noutros tempos, dizia-se muito assim.                            
                            No retiro,
 Não se pode mas passá,
Com o Baco Baco do pilão.
E a catinga do fubá!
Preocupante também era a doença do menino José Rodrigues de carvalho, Zé Pedro (1935), que há quatro anos vivia chagado de tumores, vivendo debaixo dum balaio elaborado pelo avô, o velho Josué. O balaio amenizava um pouco a perseguição do enxame de moscas. O menino só veio a ficar bom depois da chegada de José Ferreira de Melo, Zuza Ourive (1913-1994) que chamou um médico  de Maceió, o doutor Ruberto que aplicou-lhes umas vacinas seguidas de algumas injeções. No lugarejo não havia praticamente o que se vender, na casa do senhor Manoel Avelino dos Santos (1913-2007) via-se pelos pés de paredes alguns sacos arregaçados com um pouco de farinha de mandioca, milho,feijão e piabas secas e uma balança para pesar o pouco que se vendia. Retiro agora já era (Feira nova), Período vivenciado entre 1949 a 1962. Por aqueles tempos o menino Zé de Pedro, agora já curado ia com o irmão e o pai aos Sábados á tardinha para Monteirópoles, antiga Guaribas, cada um levando um balaio para trazer cheio de pães para vender na Feira nova aos Domingos. Chegava-se dessa viajem cansativa já pelo Domingo de manhã. No tempo de Feira nova, o campo da feira como se dizia era irregular, não fazia tanto tempo que havia sido um roçado coberto de palma forrageira e algodão do senhor Firmino Clemente de Carvalho (1876-1967), Avô de José Rodrigues de Carvalho, Zé de Pedro. José Ferreira de Melo, Zuza Ourive, teve a iniciativa de expurgar o local da futura feira, reuniu alguns moradores nos fins de semana e removeu grandes monturos que havia hoje na então rua do comércio, entre algumas árvores, havia alguns frondosos mulungus, onde a sua sombra abatia-se animais e pendurava-se para tirar o couro. Para os tais abnegados trabalhadores voluntários não havia um almoço descente. O que havia ao meio-dia era uma humilde gentileza da senhora Arabela Paiva (1910-1996) dando para cada trabalhador não mais que um “pirulito” que a mesma fazia ou comprava as vezes das moças de seu Luis Juvenal do hotel e, á tardinha ao largar o serviço cada trabalhador era contemplado com não mais que uma pequena cocada.
                 NO TEMPO DA EMANCIPAÇÃO POLITICA
             (O vai e vem estressante do fundador a Maceió)
No tempo da emancipação política de Palestina, José Ferreira de Melo, Zuza Ourive o fundador da cidade viveu um período de incessantes viagens a capital alagoana. O seu chofer  José Alves Lisboa,dito Pé de bague (1940) dirigia um veronez azul escuro ano 1959. Zé de Pedro foi muitas vezes ia pé a Pão de açúcar comprar uma lata de gasolina no armazém de seu Nozinho Andrade (1910-1997), ainda tinha que tomar o dinheiro emprestado e trazer a lata de combustível na cabeça, gastos e mais gastos surgiam e se avolumavam; pequenos empréstimos nunca foram saldados a populares, como por exemplo o dinheiro de uma junta de boi do senhor Odilon Vieira de Carvalho (1911-1999) que Zuza Ouvire tomou emprestado ás vésperas da emancipação política alegando ser para pagar custos cartoriais do decreto de emancipação. Odilon Vieira,  caiu na insolvência por cerca de três anos pagando juros a agiota de forma bastante sofrida. O terno de linho branco e único já amarrotado de José Ferreira de Melo, muitas vezes era lavado ás pressas e enxugado com ferro quente em brasa por Terezinha de Carvalho, Tereza de Zé de Pedro (1931-1996). Quando José Ferreira de Melo veio conseguir a emancipação política de Palestina, ficou praticamente de esmolas, seus empreendimentos tinha acabado e além do mais estava inimigo do arrogante político Elísio Maia (1914-2001) e a um ano de uma eleição para prefeito em Palestina. Elísio Maia apresentou candidato em Palestina contra José Ferreira de Melo, Zuza Ourive e fez pesados investimentos e arrebanhou simpatizantes entre alguns desafetos de Zuza Ourive estavam as famílias - CABUDO, Parte da família CARVALHO, nas pessoas de Manoel Avelino dos Santos  (1913-2007), Laurindo Vitorio dos Santos (1898-1963) e Valdemar Rodrigues de Carvalho (1924-2009). Zuza chegou a se humilhar pedindo o voto diante de cada eleitor na histórica eleição            de 1963. Exclamava dizendo:
       
-NÃO VOTE CONTRA MIM, A VOTAR CONTRA MIM; ME MATE QUE EU PERDÔO A MORTE!
            A pesar do vexame humilhante José Ferreira de Melo, dito seu Zuza conseguiu ser eleito ainda com uma larga vantagem sobre seu adversário que foi o senhor  Odilon Cabudo. Num universo de 301 votos válidos para prefeito, o senhor José Ferreira de Melo foi contemplado com 202 votos e seu opositor 99 votos. A partir da eleição de 1963 para prefeito de Palestina implantava-se os primórdios da oposição.

               

                                                                                        
  
     


                          
                                 

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

PORTO DA FOLHA – SE (ILHA DE SÃO PEDRO)

PORTO DA FOLHA – SE
(ILHA DE SÃO PEDRO)





          Ilha de São Pedro, (Índios), Todos os anos no dia 09 de setembro, os antigos remanescentes de índios XOCÓ, executam a sua dança tradicional – O,TORÉ, diante de visitantes que chegam de Sergipe e Alagoas. A ocupação da Ilha pela igreja católica é bastante antiga, primeiro pelos missionários capuchinhos franceses no final do século XVII – 1672, com a presença que durou seis anos, de frei Anastácio de audierne. A missão francesa na Ilha de São Pedro, durou dez anos, de 1672 á 1682.
ITALIANOS – A missão Italiana foi a que mais permaneceu na Ilha, por quase 170 anos, de 1710 á 1878. O último missionário da Ilha foi frei Doroteu de Loreto falecido em 30 de outubro de 1878, costumava sempre dizer a célebre frase: “Está terra pertence aos meus caboclos”. Frei Doroteu ficou na Ilha por cerca de 29 anos, sendo a sua presença e atuação entre Sergipe e Alagoas, a mais longa. Os missionários eram o ponto de equilíbrio entre colonizadores e índios. Frei Doroteu foi um amigo da natureza, fazia uso de encantos, Pois quando queria chamava os pássaros para pertinho de si, Interagia com a vida dos animais feito São Francisco de Assis. A igreja têm mais de 300 anos que foi erguida, provavelmente sobre um remoto cemitério indígena, não faz tanto tempo foram encontrados em escavações para servir de fossas sépticas igaçabas contendo ossos de esqueletos humanos, tais escavações que logo foram interrompidas ficam por traz da igreja. Contornando a igreja houve um grande convento restando para os dias atuais apenas um pedaço de parede em completa ruína. Não percebi nenhum acervo, nem objetos ou documentos em exposição ao público, contando a colossal história da Ilha, dos índios e dos religiosos que por ali estiveram noutros tempos. Portanto, percebi uma terra de cultura saqueada, cheia de invasores externos; Ouvi, Um índio dizer que a Ilha é um pote de mel para a ingerência de alguns políticos, tem índios com muitos direitos e outros sem nada. A mata da aldeia é constantemente saqueada com a conivência de alguns índios. A Ilha de São Pedro chegou a ser em 1833 elevada a cidade, mas devido a uma confusão, Perdeu o respaldo, Com as famílias mais influentes se evadindo para “Buracos” – Hoje Porto da Folha-SE. O telhado da igreja não é mais original, foi reformado ao invés de ter sido restaurado. Em frente a igreja vê-se a pequena estatua de um índio de mão quebrada e sem o arco de flecha. Disseram-me que o terreiro sagrado fica distante na serra do ouricuri, lá só chegam os principais da aldeia e raramente alguns convidados, quem por ventura ousou em querer freqüentar sem ser chamado foi apedrejado, pelos espíritos dos guerreiros encantados da aldeia. Achei estranho! Não vir uma arrojada casa de artesanato, fitei os olhos na praça principal e não vir uma OCA, pelo menos de forma simbólica. Depois da conquista da terra percebi uma acomodação total, muitos caboclos vão estudar fora e por lá acabam ficando noutras terras,e, pouco estão se importando com a sua identidade indígena e, os que se preocupam são como os que não sabem o que fazer, ou talvez se espera que se faça algo, e a iniciativa onde está?
No médio são Francisco entre Sergipe e Alagoas, depois de Penedo, Ilha de São Pedro e Pão de Açúcar - AL, foram os principais núcleos de distribuição de colonizadores para ambos os sertões – Via Rio São Francisco. No tempo dos frei capuchinhos existiam na Ilha, Frondosos tamarindeiros, Sobretudo, em frente a igreja acomodando á sua sombra, durante as santas missões, multidões de peregrinos de toda parte do nordeste Brasileiro. No entanto, Ilha de São Pedro foi mesmo também uma terra de peregrinação, onde acorria nobres senhores potentados em busca de uma palavra de conforto e outras admoestações
(Conselhos) para o bom equilíbrio  da alma. A família dos ANJOS de Pão de Açúcar estivera entre as tantas que freqüentara as santas missões da Ilha de São Pedro. Alguns batizados, casamentos e sepultamentos da família CARVALHO de Palestina-AL foram consumados na Ilha de São Pedro, principalmente, no tempo de frei Doroteu.

Por:
Marcelo Maciel de Carvalho – Pesquisador
Colaboradores:
Prof. Damião Nogueira
Fonte:
TERRA DO SOL
ESPELHO DA LUA
Autor: Etevaldo Amorim



                          

  



quinta-feira, 13 de agosto de 2015

PRIMÓRDIOS DA EDUCAÇÃO EM PALESTINA-AL

PRIMÓRDIOS DA EDUCAÇÃO EM PALESTINA-AL
(1895 – 1953 alguns precursores)

Manoel Janúario de Carvalho (1841 – 1922), quando menino estudou em Penedo, aprendeu a ler e escrever, seu filho Josué Rodrigues de Carvalho (1872 – 1947) aprendeu com o próprio pai. Quando ainda jovem Josué organizou um ensino gratuito dentro da pequena localidade de Retiro – hoje Palestina, conseguiu alfabetizar grande parte dos habitantes do lugarejo, que contava na época com cerca de 60 moradores, entre velhos e moços, em construções esparsas de taipas. Este ensino perdurou entre 1895 e 1898.
Francisco Lopes de Souza (1858 – 1935), mais conhecido por “Mestre Chico Beato” veio ensinar em retiro – hoje Palestina a convite do senhor Firmino Clemente de Carvalho (1876 - 1967). O ensino era de caráter particular, cada pai de aluno pagava mensalmente a bacatela de 2.000 réis. Essa escola funcionou na casa do senhor Firmino Clemente. Tinha (15 alunos). O ensino era bastante rígido das 8: 00 horas da manhã ao meio dia e 1:00 hora da tarde as 4:00 horas. Essa escola funcionou de fevereiro de 1918 a junho de 1919. Ensinava-se manuscrito, 1º e 2º livros de aritmética do autor Felisberto de Carvalho. O ultimo dia de ensino da semana era para fazer a “recordação”. Ao termino da aula rezava-se. No período entre 1919 e 1922, mestre Chico Beato ensinou na fazenda São José dos Anjos, a convite do fazendeiro José dos Anjos. Mestre Chico morreu na indigência, cego e esquecido num casebre em meio à densa caatinga da Lagoa da vaca. Mestre Chico era de Pão de Açúcar, levava a vida pelo interior contribuindo com o seu ensino particular, assim viveu toda a sua vida levando luz à escuridão como um verdadeiro profeta acendedor de lampião. Com o fim do ensino do mestre Chico Beato em Retiro alguns alunos se deslocaram para a escola publica do professor João da Silva Gomes em Jacarezinho entre eles: Odilon Vieira de Carvalho (1911 – 1999).
Jovelina de Carvalho, “Morena” para os mais íntimos Mimi (1908 -1989) filha de Manoel Januario de Carvalho e Senhorinha Maria de Carvalho (1873 – 1950). Também quando jovem contribuiu com o seu ensino gratuito. Foi aluna do mestre Chico Beato, aprendeu muito bem a ler e escrever. Teve também a sua escola que funcionou entre os anos de (1928 e 1934). Casou-se com o primo Manoel Avelino dos Santos (1913 – 2007) que inclusive foi seu aluno na juventude. Entre 1930 e 1940 ocorreu um desajuste social em Retiro hoje Palestina, por conta da grande seca de 1932/1933 e o fenômeno do cangaço, a pequena população do lugar perdeu o interesse pelo aprendizado por conta do medo e sofrimento que gerou um desalentamento geral seguido da dispersão de parte dos moradores para outros lugares.
A partir de 1940 com a chegada de José Ferreira de Melo, Zuza Ourive (1913 – 1994), o ensino ganhou mais um pouco de interesse pelo mesmo e população em geral. José Ferreira de Melo passou a se conscientizar juntamente com os moradores da necessidade de escolas e de um ensino regular para a então povoação de Retiro. Zuza Ourive passou a cobrar da administração publica de Pão de Açúcar a melhoria no ensino para os moradores da comunidade. A princípio conseguiu para ser hóspede em Retiro Palestina do senhor Luiz Vieira de Carvalho, (1883 – 1955) a locomoção da professora Pão de Açucarense Leonia Costa, e, em 1952 a construção da antiga escola rural – hoje Escola Estadual Manoel Pereira Filho.
Leonia Costa (1923-) primeira professora nomeada pela administração pública de Pão de Açúcar para o então povoado Retiro – hoje Palestina/AL.
A professora Leonia Costa chegou em Retiro – hoje Palestina/AL, advinda de Pão de açúcar nos idos de 1944 e permaneceu até agosto de 1953, era subvencionada pelo município de Pão de Açúcar. As aulas tinham inicio na terça-feira até aos sábados, dia da “argumentação”.
Existiu alunos de Umburana D’água e Vila Santo Antonio, entre os que se destacaram estão:
_ O Ex-Prefeito José Nogueira de Melo (1939 – 2004) foi aluno assíduo, muito esforçado, mas considerado de pouca cadência para o bom aprendizado.
_ Otoniel Maciel de Carvalho (1941 – 2013) foi aluno de inteligência aguçada, foi tido como o melhor aluno de seu tempo. A professora Leonia Costa foi uma ótima instrutora, que o diga ainda alguns de seus ex-alunos: Miriam de Carvalho (1940-), Floriano José dos Santos (1939-).
O local da escola pertencia ao senhor Aristides Joaquim de Carvalho (1901 – 1968) havia sido uma bodega do mesmo, foi desocupado e alugado a prefeitura de Pão de Açúcar com a mediação do senhor José Ferreira de Melo, Zuza Ourive, e estava localizado na atual rua do comercio. Não havia mobiliário escolar, cada aluno levava de casa, uma cadeira ou um tamborete que era um tipo de assento mais comum na época. A professora tinha na sala uma mesa e uma cadeira. A sala era pequena, não comportava mais que vinte alunos ensinavam-se o famoso “ABC”, português, aritmética, historia e geografia. os alunos eram recrutados a partir dos sete anos de idade e podia ficar até os quatorze anos ou mais; os de melhor condições iam estudar em Pão de Açúcar. O material escolar era pouco e simples, mas a escola não fornecia. A primeira escola publica estadual em Retiro – hoje Palestina/AL, surgiu em outubro de 1952 na gestão do prefeito de Pão de Açúcar João da Silva Maia, “Janjão Maia” (1951-1952). O aluno transportava o material escolar numa malinha de madeira.
Leonia Costa casou-se em 1954 com Virgulino Ferreira e foi embora para o Rio de Janeiro onde ficou por mais de vinte anos. Nos dias atuais aos 92 anos, reside em Pão de Açúcar, sofre de profunda surdez, não teve filhos, vive sob os cuidados de uma cunhada. Ela é mesmo uma daquelas personalidades esquecidas pela alcova da historia. Antes de ensinar em Retiro – hoje Palestina/AL, ensinou em Jacarezinho e Limoeiro interior do município de Pão de Açúcar. Durante o seu tempo de ensino em Palestina, o Estado também passou a atuar com a presença da professora Helena Duarte - uma precursora do ensino estadual em Palestina.
Leonia Costa Ferreira é mesmo a cara de Pão de Açúcar. !!!

Por Marcelo Maciel – pesquisador Colaboração: Prof. Damião Nogueira

Por Marcelo Maciel – pesquisador Colaboração: Prof. Damião Nogueira

segunda-feira, 22 de junho de 2015

INCURSÕES DO CANGAÇO EM PALESTINA-AL



23/06/1933 – Primeira incursão do cangaço em Retiro- hoje Palestina. O grupo de bandidos chefiados por Corisco entra no povoado Retiro sem causar danos. Entre alguns cangaceiros estavam: Limoeiro, Suspeita, Medalha, Zé Fortaleza e Sérgia da Silva Ribeiro -Dadá. Corisco ainda fez mais outras duas incursões a Palestina-1934 e 1935.
31/05/1936 - Primeira e única incursão do Capitão Virgulino Ferreira da Silva -Lampião, Ao povoado Retiro – hoje Palestina. Em Dezembro de 1935 veio a se instalar por dois dias dentro do povoado Retiro vários comandos de volantes cerca de 100 homens sob o comando do famigerado, Tenente José Rufino. Foram abatidos vários animais de grande porte para alimentar a grande volante, às expensas do senhor Manoel Silvino de Carvalho.
Quando Lampião atacou o povoado Retiro - hoje Palestina, houve grande correria e alvoroço dos moradores. O ataque foi praticamente de surpresa. Na casa do senhor Manoel Silvino o zabumbeiro tocava o encerramento da novena do mês de Maria. O zabumbeiro quis parar, Lampião mandou prosseguir e deu garra da jovem Antônia Rosa de 17 Anos filha de Manoel Silvino e com ela dançou a novena inteira ao toque da zabumba. Enquanto isso, parte dos moradores estavam espremidos numa pequena casinha de oração, com a porta tomada pelos cangaceiros. Era noite de lua clara que só o dia. Lampião encarregou os jovens:
Odilon Vieira de Carvalho (1911-1999) Manoel Avelino do Santos (1913-2007) Manoel Vitorio dos Santos – Bidú (1899-1975).
Esses jovens na época foram requisitados por Lampião para arrebanhar alguns cavalos na localidade. Bidú desatendeu o comando do cangaço, se escondeu no mato e não trouxe os animais. O cangaceiro Juriti deixou um recado (...)
(Ainda houve dois roubos e uma extorsão (...)
Maiores informações com o Pesquisador Marcelo Maciel.






CANGAÇO INÉDITO!!!

CANGAÇO INÉDITO!!!
(Por Marcelo Maciel – Pesquisador)
Alguns versos rimados e cantados por poetas populares e os próprios cangaceiros no tempo do cangaço, envolvendo nomes exclusivamente de localidades do sertão alagoano. Algumas dessas localidades cidades no tempo do cangaço, outras passaram a ser cidades bem depois.

Pão de açúcar está de luto,
Santana de sentimento, (Santana do Ipanema-AL)
Olho d’água portas abertas
E lampião dançando dentro.

A aliança de Queiroz
Custou um conto de réis,
Lampião, tirou e botou no dedo
Sem custar nenhum dez réis.

Foi um dia de horror
Era uma Quarta-Feira
Quando virgulino Lampião
Com a sua cabroeira
Invadiu Olho d’água das flores
Cantando mulher rendeira.

As moças da Tapera (São José da Tapera-AL)
São pretas mas tem ação,
Dançaram uma noite inteira,
Com os cabras de Lampião.



A mulher de Major Lucena
Teve um menino chorão.
E o povo anda dizendo
Que é filho de Lampião.

As moças de Santana
São pobres mas tem ação
Mandaram queijo e rapadura
Para o bornal de Lampião.

Em Lagoa de Pedra (Pov. Pão de açúcar-AL)
Lampião ficou injuriado,
Porque viu uma mulher
Do cabelo cortado,
Deu-lhe uma carreira,
Esbarrou num alastrado.

Lampião disse que não corria
Mas foi um fim no corredor,
Correu lá da Matinha (Água Branca-AL)
Com cinqüenta atirador.

Da Matinha para Viçosa
Houve grande revolução,
Uma mulher perdeu a cria
Ao saber da fama de Lampião.

Chore até não querer mais
Chora, Chora mulher.
Eu só quero ouvir o choro,
Da mulher do Canindé. (Canindé de são Francisco-SE)




sexta-feira, 24 de abril de 2015

MARTIRIO DO RIO SÃO FRANCISCO


(UMA CAUSA DE TODOS)
Por Marcelo Maciel

No rio são Francisco
Não se navega mais,
O rio que já foi grande
Desde os tempos imemoriais
Não voltará a ser,
O que já foi outrora jamais!


Esta minha memoria lembradora
Que me revela inspirado
Me atormenta e faz chorar
Quando lembro ter viajado
Sobre o Rio São Francisco
Num tempo tão navegado.


Somos ferozes,
Por natureza.
Expulsamos nossos índios
Deste rio inocente de pureza,
Estamos matando o rio
O nosso rio de rara beleza.


Rio são Francisco
Em suas águas dantes
Navegaram tantos povos
De românticos a apaixonantes
Autoridades visitantes,
Senhores potentados, navegantes.


Desde a canoa indígena
Feita de um pau só,
Depois surgiram outras embarcações,
Como o vapor Maceió,
Transportando a sua gente
Lembro também, da chata moxotó!


O vapor sinimbu
Foi senhor sobre esse rio
Também fez a sua fama
Com muita distinção e brio.
O baiano Visconde de Sinimbu,
Foi politico no império do Brasil.


Os navios imponentes
De luxo e comodidade
O navio Penedo –Penedinho.
Com muita tranquilidade
Lembro do comendador Peixoto
Dando o último apito de saudade!


Onde estão as lanchas e canoas?
Com seus nomes inspiradores
A canoa Americana
Com lampião e seus salteadores
Na travessia Ilha do Ferro a Bom Sucesso
Numa manhã de tantos horrores


A maior lancha foi a tupã de seu Quinca
Zé das cobras, piloto da Uberlândia
Duas Américas e Áurea , te digo Zé da Goiana
Foi de seu Enéas Lima, a canoa Filadélfia.
Deusa do Oriente; conquista e Araxá,
Aviadora e Paraguaçu; navegavam todo dia.


Maria Luiza, Vanderlan e Lindóia,
Foram tantas canoas e lanchas a motores
Navegantes do rio são Francisco,
Com seus panos abertos de varias cores,
Mais parecia uma aquarela de borboletas,
Sobre um imenso rio de flores!


Rio São Francisco – Rio Pai!
Veja bem minha gente
É de mais o seu sofrimento
Mais parece realmente
Com Jesus Cristo na cruz
Servindo e sofrendo ciente


Rio São Francisco,
Um presente de Deus
Para a integração dos povos
Diante dos olhos teus
Rio de tantas vidas
Que aos poucos vai dando adeus!


Rio São Francisco
Já foi um senhor de nobreza
Já teve muita fartura
hoje vive de pobreza
É um escravo do progresso
Sem saber o que é riqueza


Não sou avesso ao progresso
Sou contra a sua ambição,
Que mata um rio vivo
Nosso pai da criação
Rio São Francisco vive ultrajado,
Feito um escravo desta nação!!!




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domingo, 5 de abril de 2015

RIACHO FARIAS



(Por Marcelo Maciel – Pesquisador)

Possivelmente, o RIACHO FARIAS tenha recebido o seu nome de batismo “Farias” em tempos idos, de 1543, quando a Coroa Portuguesa autoriza a criação de gado, atividade marcante no vale do São Francisco, até então restrita ao litoral, daí então dar-se a ocupação do baixo São Francisco sobretudo do lado Alagoano, os Portugueses sempre costumavam quando descobria uma determinada região, explorar dando denominações a morros, serras, rios, riachos e demais acidentes geográficos, tudo para servir como pontos de referencias numa futura exploração.

Em 07 de novembro de 1660 o RIACHO FARIAS já é citado em carta de sesmaria como sendo um dos limites da fazenda pão de Açúcar, antiga gleba de “Jaciobá” dos índios Urumaris, naquela ocasião pertencente ao Português Lourenço José de Brito Correia. Sabe-se também que Farias é o nome de um morro bem próximo do riacho e mesmo do rio São Francisco; daí então os dois topônimos dos tempos coloniais – “morro do Farias e riacho do Farias”. O riacho Farias tem um percurso estimado em 50 Quilômetros desde sua nascente na encosta da serra da Bananeira, no município de São José da Tapera – AL. Um dos seus afluentes no município de São José da Tapera é o riacho do Urubu. O RIACHO FARIAS é temporário. Além de nascer no municio de São José da Tapera percorre um pequeno trecho do município de Moterópolis entre os povoados Fazenda Velha e Farias do Meio, segue adiante fazendo sua primeira incursão no município de Pão de Açúcar pelos lados norte e leste do povoado Umburana D’água. Logo adentra no município de Palestina, dividindo parte da sede desta cidade alagoana do sertão. Depois de ter percorrido cerca de seis quilômetros pelo município de Palestina emboca pela segunda vez definitivamente no município de Pão de Açúcar, até desaguar no ria São Francisco ganhando no município de Pão de açúcar como sendo um dos seus principais afluentes o riacho da “Areia”. No município de Palestina seu maior afluente é o riacho “Varginha”. Parte do RIACHO FARIAS é de correnteza irregular com trechos planos, sendo a sua maior parte de leito pedregoso. Próximo de sua desembocadura, seu leito sofre um desnível vertical de aproximadamente oito metros, impossibilitando de subir pelo seu leito, espécies de peixes do rio São Francisco. O RIACHO FARIAS é considerado pelo município de Pão de Açúcar, como sendo um dos cinco principais curso d’água temporário. É um riacho prospero do ponto de vista da construção civil, na maior parte de suas margens encontra-se argila especialmente usada na fabricação de telhas e tijolos, além grande quantidade de areia encontrada no seu leito.

RESUMO HISTÓRICO - PALESTINA / AL

RESUMO HISTÓRICO
(Por MARCELO MACIEL – pesquisador)
Palestina surgiu historicamente com a presença do seu primeiro habitante, que foi Félix Rodrigues de Carvalho. A partir do ano 1820, começou, portanto a sua povoação iniciada as margens do riacho Farias com gente moreno-clara procedente de Penedo AL e da antiga fazenda Carrapicho – hoje Santana do São Francisco – SE (Família Carvalho). Do Piauí vieram em 1864, os retirantes, dos quais se originou (a família Vieira). A partir de 1822 a (família Bezerra Lessa) advinda de Porto da Folha – SE, se estabeleceu no município de Pão de Açúcar – Loterio Bezerra Lessa (1787 – 1900), dizia-se descendente de Holandês, primeiro fixou residência no povoado Ilha do Ferro, logo, mudou-se para o jacarezinho ambos os povoados estão situados às margens do rio São Francisco e em 1850, passa a fixar residência nas proximidades da Fazenda “Vai com Deus” então propriedade de João Luiz de Carvalho. Loterio Bezerra Lessa dizia-se dono de uma sesmaria que se localizava uma légua abaixo da confluência do riacho Farias com o rio São Francisco por quatro léguas de fundo. Sobre esta provável sesmaria estão partes dos municípios de Palestina e Pão de açúcar. Palestina durante muito tempo ficou conhecida como Retiro designação dada pelos primeiros habitantes colonizadores.
Até 1957 Palestina pertenceu a Pão de Açúcar, dai então, passa a fazer parte do município de Jacaré dos Homens. Cinco anos depois Palestina alcança a sua autonomia administrativa através da lei nº 2.469 de 27 de agosto 1962.
A denominação “Palestina” fez jus ao zelo religioso da Católica cofundadora da cidade senhora Arabela Paiva (1910 – 1996). O primeiro prefeito civil foi o fundador da cidade José Ferreira de Melo, Zuza Ourive (1913 – 1994), que foi prefeito do município entre (1963 – 1969). Um fato histórico foi à criação da feira local aos domingos; a sua primeira edição teve inicio em, primeiro de janeiro de 1949.
SITUAÇÃO GEOGRÁFICA
LOCALIZAÇÃO – Palestina esta localizada na (3ª Microrregião de Santana do Ipanema) sertão Alagoano. Sendo seus limites: Monteirópolis – 15 Kms - , Pão de Açúcar – 18 kms –e Jacaré dos Homens – 18 kms. Distancia até Maceió 220 kms
ALTITUDE
Situa-se a 150 metros acima do nível do mar.
ÁREA
Com uma área total de 49.9 Km2. Ocupa no Estado em extensão territorial ( o 79º lugar).
POPULAÇÃO
População nos termos do Censo realizado pelo IBGE em 2010, sua população é ordem de 5.112 habitantes.
AGLOMERAÇÕES RURAL – merecem citação os povoados de Vila Santo Antonio, Machado de Baixo, Fazenda Santo Antonio, Santa Filomena e Lagoa da Sela*
(*) Em litígio com Pão de Açúcar
RIACHO FARIAS
(Por Marcelo Maciel – pesquisador)
Possivelmente, o riacho Farias tenha recebido o seu nome de batismo “Farias” em tempos idos, de 1543, quando a Coroa Portuguesa autoriza a criação de gado, atividade marcante no vale do São Francisco, até então restrita ao litoral, daí então dar-se a ocupação do baixo São Francisco sobretudo do lado Alagoano, os Portugueses sempre costumavam quando descobria uma determinada região, explorar dando denominações a morros, serras, rios, riachos e demais acidentes geográficos, tudo para servir como pontos de referencias numa futura exploração.


sexta-feira, 3 de abril de 2015

PATRIMÔNIO PALEONTOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE PÃO DE AÇÚCAR CONTINUA ABANDONADO DESDE O TEMPO DO IMPÉRIO.


      


Por: Marcelo Maciel – Pesquisador                                                                                                                                                         Fotos: Damião Nogueira


Na ultima sexta-feira feira (03/04/2015) estivemos nas localidades Poço Grande e Paquiderme. Fomos até a cacimba que deu nome as duas localidades já citadas. Cacimba para alguns, para o senhor dono das terras, inclusive da cacimba, era mesmo, “Poço Grande”. Foi encontrado nessa cacimba, grande quantidade de ossos fosseis de “MEGATERIOU ou MASTODONTE”, pertencente à família dos Paquidermes, segundo o Cientista AGASSIZ (1807 – 1873), que os examinou, a existência, desses animais remonta a mais de cinco mil anos. O lugar aldeia dentro da então fazenda poço grande passa a denominação de PAQUIDERME a partir de 1855. As escavações arqueológicas foram feitas entre 1854 e 1857, foram desenterrados cerca de 150 (carro de boi) de ossos fosseis transportados para Penedo/AL por ordem do presidente da província de Alagoas, o Pernambucano ANTONIO CORREIA DE SÁ E ALBUQUERQUE. Esteve à frente das escavações o engenheiro FERNANDO HALFELD.
Nos dias atuais a cacimba ou Poço Grande encontra-se abandonada, no esquecimento do poder publico, acha-se dentro de propriedade particular, há alguns anos atrás foi colocado maquina pesada para alargar a cacimba destruindo uma grande quantidade de fosseis ainda ali existente. O local deveria está demarcado e preservado pelo município destinado a visitação de estudiosos e turistas. Nestas mesmas condições de descaso encontram-se também outros sítios arqueológicos do município: - Lagoa de Pedra – Meirus - Alemar – e mais outras localidades ainda desconhecidas.  Tenho também noticias de pinturas rupestres no município. Isto deve ser do conhecimento do governo municipal para preservação e daí então fazer parte duma futura agenda turística do município. Tantos municípios queriam ter um rico patrimônio desses na sua agenda turística, e, não tem!  
No local desses sítios arqueológicos, os ossos fossem estão expostos em pedaços ou aflorando no terreno, pelo menos o pouco de vestígio que ainda resta.

DESPERTA PÃO DE AÇÚCAR!!!