sexta-feira, 24 de abril de 2015

MARTIRIO DO RIO SÃO FRANCISCO


(UMA CAUSA DE TODOS)
Por Marcelo Maciel

No rio são Francisco
Não se navega mais,
O rio que já foi grande
Desde os tempos imemoriais
Não voltará a ser,
O que já foi outrora jamais!


Esta minha memoria lembradora
Que me revela inspirado
Me atormenta e faz chorar
Quando lembro ter viajado
Sobre o Rio São Francisco
Num tempo tão navegado.


Somos ferozes,
Por natureza.
Expulsamos nossos índios
Deste rio inocente de pureza,
Estamos matando o rio
O nosso rio de rara beleza.


Rio são Francisco
Em suas águas dantes
Navegaram tantos povos
De românticos a apaixonantes
Autoridades visitantes,
Senhores potentados, navegantes.


Desde a canoa indígena
Feita de um pau só,
Depois surgiram outras embarcações,
Como o vapor Maceió,
Transportando a sua gente
Lembro também, da chata moxotó!


O vapor sinimbu
Foi senhor sobre esse rio
Também fez a sua fama
Com muita distinção e brio.
O baiano Visconde de Sinimbu,
Foi politico no império do Brasil.


Os navios imponentes
De luxo e comodidade
O navio Penedo –Penedinho.
Com muita tranquilidade
Lembro do comendador Peixoto
Dando o último apito de saudade!


Onde estão as lanchas e canoas?
Com seus nomes inspiradores
A canoa Americana
Com lampião e seus salteadores
Na travessia Ilha do Ferro a Bom Sucesso
Numa manhã de tantos horrores


A maior lancha foi a tupã de seu Quinca
Zé das cobras, piloto da Uberlândia
Duas Américas e Áurea , te digo Zé da Goiana
Foi de seu Enéas Lima, a canoa Filadélfia.
Deusa do Oriente; conquista e Araxá,
Aviadora e Paraguaçu; navegavam todo dia.


Maria Luiza, Vanderlan e Lindóia,
Foram tantas canoas e lanchas a motores
Navegantes do rio são Francisco,
Com seus panos abertos de varias cores,
Mais parecia uma aquarela de borboletas,
Sobre um imenso rio de flores!


Rio São Francisco – Rio Pai!
Veja bem minha gente
É de mais o seu sofrimento
Mais parece realmente
Com Jesus Cristo na cruz
Servindo e sofrendo ciente


Rio São Francisco,
Um presente de Deus
Para a integração dos povos
Diante dos olhos teus
Rio de tantas vidas
Que aos poucos vai dando adeus!


Rio São Francisco
Já foi um senhor de nobreza
Já teve muita fartura
hoje vive de pobreza
É um escravo do progresso
Sem saber o que é riqueza


Não sou avesso ao progresso
Sou contra a sua ambição,
Que mata um rio vivo
Nosso pai da criação
Rio São Francisco vive ultrajado,
Feito um escravo desta nação!!!




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domingo, 5 de abril de 2015

RIACHO FARIAS



(Por Marcelo Maciel – Pesquisador)

Possivelmente, o RIACHO FARIAS tenha recebido o seu nome de batismo “Farias” em tempos idos, de 1543, quando a Coroa Portuguesa autoriza a criação de gado, atividade marcante no vale do São Francisco, até então restrita ao litoral, daí então dar-se a ocupação do baixo São Francisco sobretudo do lado Alagoano, os Portugueses sempre costumavam quando descobria uma determinada região, explorar dando denominações a morros, serras, rios, riachos e demais acidentes geográficos, tudo para servir como pontos de referencias numa futura exploração.

Em 07 de novembro de 1660 o RIACHO FARIAS já é citado em carta de sesmaria como sendo um dos limites da fazenda pão de Açúcar, antiga gleba de “Jaciobá” dos índios Urumaris, naquela ocasião pertencente ao Português Lourenço José de Brito Correia. Sabe-se também que Farias é o nome de um morro bem próximo do riacho e mesmo do rio São Francisco; daí então os dois topônimos dos tempos coloniais – “morro do Farias e riacho do Farias”. O riacho Farias tem um percurso estimado em 50 Quilômetros desde sua nascente na encosta da serra da Bananeira, no município de São José da Tapera – AL. Um dos seus afluentes no município de São José da Tapera é o riacho do Urubu. O RIACHO FARIAS é temporário. Além de nascer no municio de São José da Tapera percorre um pequeno trecho do município de Moterópolis entre os povoados Fazenda Velha e Farias do Meio, segue adiante fazendo sua primeira incursão no município de Pão de Açúcar pelos lados norte e leste do povoado Umburana D’água. Logo adentra no município de Palestina, dividindo parte da sede desta cidade alagoana do sertão. Depois de ter percorrido cerca de seis quilômetros pelo município de Palestina emboca pela segunda vez definitivamente no município de Pão de Açúcar, até desaguar no ria São Francisco ganhando no município de Pão de açúcar como sendo um dos seus principais afluentes o riacho da “Areia”. No município de Palestina seu maior afluente é o riacho “Varginha”. Parte do RIACHO FARIAS é de correnteza irregular com trechos planos, sendo a sua maior parte de leito pedregoso. Próximo de sua desembocadura, seu leito sofre um desnível vertical de aproximadamente oito metros, impossibilitando de subir pelo seu leito, espécies de peixes do rio São Francisco. O RIACHO FARIAS é considerado pelo município de Pão de Açúcar, como sendo um dos cinco principais curso d’água temporário. É um riacho prospero do ponto de vista da construção civil, na maior parte de suas margens encontra-se argila especialmente usada na fabricação de telhas e tijolos, além grande quantidade de areia encontrada no seu leito.

RESUMO HISTÓRICO - PALESTINA / AL

RESUMO HISTÓRICO
(Por MARCELO MACIEL – pesquisador)
Palestina surgiu historicamente com a presença do seu primeiro habitante, que foi Félix Rodrigues de Carvalho. A partir do ano 1820, começou, portanto a sua povoação iniciada as margens do riacho Farias com gente moreno-clara procedente de Penedo AL e da antiga fazenda Carrapicho – hoje Santana do São Francisco – SE (Família Carvalho). Do Piauí vieram em 1864, os retirantes, dos quais se originou (a família Vieira). A partir de 1822 a (família Bezerra Lessa) advinda de Porto da Folha – SE, se estabeleceu no município de Pão de Açúcar – Loterio Bezerra Lessa (1787 – 1900), dizia-se descendente de Holandês, primeiro fixou residência no povoado Ilha do Ferro, logo, mudou-se para o jacarezinho ambos os povoados estão situados às margens do rio São Francisco e em 1850, passa a fixar residência nas proximidades da Fazenda “Vai com Deus” então propriedade de João Luiz de Carvalho. Loterio Bezerra Lessa dizia-se dono de uma sesmaria que se localizava uma légua abaixo da confluência do riacho Farias com o rio São Francisco por quatro léguas de fundo. Sobre esta provável sesmaria estão partes dos municípios de Palestina e Pão de açúcar. Palestina durante muito tempo ficou conhecida como Retiro designação dada pelos primeiros habitantes colonizadores.
Até 1957 Palestina pertenceu a Pão de Açúcar, dai então, passa a fazer parte do município de Jacaré dos Homens. Cinco anos depois Palestina alcança a sua autonomia administrativa através da lei nº 2.469 de 27 de agosto 1962.
A denominação “Palestina” fez jus ao zelo religioso da Católica cofundadora da cidade senhora Arabela Paiva (1910 – 1996). O primeiro prefeito civil foi o fundador da cidade José Ferreira de Melo, Zuza Ourive (1913 – 1994), que foi prefeito do município entre (1963 – 1969). Um fato histórico foi à criação da feira local aos domingos; a sua primeira edição teve inicio em, primeiro de janeiro de 1949.
SITUAÇÃO GEOGRÁFICA
LOCALIZAÇÃO – Palestina esta localizada na (3ª Microrregião de Santana do Ipanema) sertão Alagoano. Sendo seus limites: Monteirópolis – 15 Kms - , Pão de Açúcar – 18 kms –e Jacaré dos Homens – 18 kms. Distancia até Maceió 220 kms
ALTITUDE
Situa-se a 150 metros acima do nível do mar.
ÁREA
Com uma área total de 49.9 Km2. Ocupa no Estado em extensão territorial ( o 79º lugar).
POPULAÇÃO
População nos termos do Censo realizado pelo IBGE em 2010, sua população é ordem de 5.112 habitantes.
AGLOMERAÇÕES RURAL – merecem citação os povoados de Vila Santo Antonio, Machado de Baixo, Fazenda Santo Antonio, Santa Filomena e Lagoa da Sela*
(*) Em litígio com Pão de Açúcar
RIACHO FARIAS
(Por Marcelo Maciel – pesquisador)
Possivelmente, o riacho Farias tenha recebido o seu nome de batismo “Farias” em tempos idos, de 1543, quando a Coroa Portuguesa autoriza a criação de gado, atividade marcante no vale do São Francisco, até então restrita ao litoral, daí então dar-se a ocupação do baixo São Francisco sobretudo do lado Alagoano, os Portugueses sempre costumavam quando descobria uma determinada região, explorar dando denominações a morros, serras, rios, riachos e demais acidentes geográficos, tudo para servir como pontos de referencias numa futura exploração.


sexta-feira, 3 de abril de 2015

PATRIMÔNIO PALEONTOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE PÃO DE AÇÚCAR CONTINUA ABANDONADO DESDE O TEMPO DO IMPÉRIO.


      


Por: Marcelo Maciel – Pesquisador                                                                                                                                                         Fotos: Damião Nogueira


Na ultima sexta-feira feira (03/04/2015) estivemos nas localidades Poço Grande e Paquiderme. Fomos até a cacimba que deu nome as duas localidades já citadas. Cacimba para alguns, para o senhor dono das terras, inclusive da cacimba, era mesmo, “Poço Grande”. Foi encontrado nessa cacimba, grande quantidade de ossos fosseis de “MEGATERIOU ou MASTODONTE”, pertencente à família dos Paquidermes, segundo o Cientista AGASSIZ (1807 – 1873), que os examinou, a existência, desses animais remonta a mais de cinco mil anos. O lugar aldeia dentro da então fazenda poço grande passa a denominação de PAQUIDERME a partir de 1855. As escavações arqueológicas foram feitas entre 1854 e 1857, foram desenterrados cerca de 150 (carro de boi) de ossos fosseis transportados para Penedo/AL por ordem do presidente da província de Alagoas, o Pernambucano ANTONIO CORREIA DE SÁ E ALBUQUERQUE. Esteve à frente das escavações o engenheiro FERNANDO HALFELD.
Nos dias atuais a cacimba ou Poço Grande encontra-se abandonada, no esquecimento do poder publico, acha-se dentro de propriedade particular, há alguns anos atrás foi colocado maquina pesada para alargar a cacimba destruindo uma grande quantidade de fosseis ainda ali existente. O local deveria está demarcado e preservado pelo município destinado a visitação de estudiosos e turistas. Nestas mesmas condições de descaso encontram-se também outros sítios arqueológicos do município: - Lagoa de Pedra – Meirus - Alemar – e mais outras localidades ainda desconhecidas.  Tenho também noticias de pinturas rupestres no município. Isto deve ser do conhecimento do governo municipal para preservação e daí então fazer parte duma futura agenda turística do município. Tantos municípios queriam ter um rico patrimônio desses na sua agenda turística, e, não tem!  
No local desses sítios arqueológicos, os ossos fossem estão expostos em pedaços ou aflorando no terreno, pelo menos o pouco de vestígio que ainda resta.

DESPERTA PÃO DE AÇÚCAR!!!